domingo, 15 de junho de 2008

Ariel em dobro!

Depois de analisarmos a Ariel no shopping, como será que ela se comporta em grupo? Ou melhor, na presença de outra Ariel?
Já é difícil encontrar alguém que escolhesse esta como a sua princesa favorita, pois uma de suas características é ser diferente (ela é meio peixe!) .
Duas gostavam tanto da Bela (de “A Bela e a Fera”) quanto da pequena sereia, então foram elas que me fizeram companhia ontem.
Vou chamá-las de Maria, de 19 anos, e Bianca, de 17.
Passei com Bianca a tarde, conheço sua casa e como é a rotina lá dentro. Ela tem dois irmãos de 12 anos, gêmeos. Sua relação com eles é a melhor possível. Apesar de briguinhas naturais de irmãos, é perceptível que se amam e gostam de ficar perto uns dos outros.
Já seus pais, são muito gentis, e cuidam muito bem dos filhos. É possível ver alguma semelhança deles com Tritão (pai de Ariel), pois são bem preocupados com seus filhos, que tem que abrir espaço para conseguir alguma liberdade. Bianca só pôde fazer uma conta de Orkut recentemente, e ontem comentava que só agora seus pais a deixam mais solta para sair com os amigos a noite: “também, já tenho quase 18 anos!”, ela disse. Também comentou que por ser mulher, sente que sofre mais cuidados que os irmãos.
Os pais de Bianca têm um mercadinho, onde ela ajudava até recentemente, quando conseguiu trabalho em uma firma em Jundiaí. Diz que o trabalho é fácil, mas qualquer errinho pode acarretar em uma multa alta para a empresa, então deve prestar muita atenção no que faz. Trabalhar fora e estudar a noite, em ano de vestibular, não tem sido uma tarefa fácil, e o cansaço é bem visível no seu rosto. Mas ela explica que guarda o dinheiro para ajudar a pagar a faculdade, caso não consiga passar em uma pública.
Maria cursa o segundo ano de Farmácia na USP, curso integral. Tem um irmão de 22 anos, com quem se dá muito bem, a ponto de sair com ele e os amigos em baladas. Seus pais são mais liberais que os de Bianca, mas Maria tem 19 anos, então é difícil comparar as duas situações precisamente.
No shopping, elas se deram muito bem, não tive problemas para fazê-las conversar. As duas estavam arrumadas, mas nada muito exagerado. Bianca, que passou a tarde comigo antes de ir ao shopping, foi com a roupa que estava mesmo. Maria chegou atrasada, lembrando um pouco a Ariel.
Nós fomos com um grupo grande, ao cinema. O filme escolhido foi uma comédia: “Jogo de amor em Las Vegas”. Depois do filme, demos uma volta no shopping, mas não chegamos a ver nenhuma vitrine, apenas conversamos. Logo elas enjoaram de ficar por lá, Maria sugeriu irmos a uma lanchonete, mas Bianca tinha que voltar para casa, pois já eram mais de 11 horas, e não nos acompanhou.
Na lanchonete, Maria comeu bem, e conversamos até quase 1 e 30, quando voltamos para casa.
Perguntei para Maria se ela queria se casar e ter filhos. Ela repondeu: “casar não. Porque eu acho que não precisa de um papel pra provar alguma coisa. Ter filhos, hoje eu não imagino, mas eu gosto de crianças, então sei lá..”
Bianca achou a pergunta engraçada, pois sabia que eu estudava sua semelhança com uma princesa, e respondeu, brincando (o que lembrou muito o jeito divertido de Ariel): ai meu Deus! (risos) Olha! penso em casar com um príncipe, que não precisa ser necessariamente de olhos azuis e vir de cavalo branco - nem de navio (risos). Mas precisa ter aquele encanto que sempre tem em filmes de princesas da Disney.Quero ter uns dois ou três, que teriam nomes de: Ana Luiza, Luiza, Julia ou Isabella. E menino de...não pensei ainda! (risos)
Maria, quando criança, brincava de Policia e Ladrão, Pega-pega, Esconde-esconde, Pique bandeira e patins, com o irmão mais velho e os amigos de rua. Perguntei se gostava de boneca, e ela disse que as vezes brincava de Barbie. Bianca nunca gostou de brincar de boneca, e sua brincadeira favorita era pular corda.
Numa situação de risco que eu propus casualmente no meio da conversa, Maria agiria deste jeito: “gritaria com certeza.. E se não travasse ia tirar (a criança da situação), sei lá...” O fato é que ela nunca passou por nenhuma situação perigosa, então é difícil imaginar como agiria. Bianca nunca passou por nada assim também. Disse que tentaria ajudar, mas é difícil saber.
A interação delas com o grupo que nos acompanhou ao shopping foi extrovertida e natural. Quase não paravam de falar! As risadas foram constantes perto destas princesas, muito agitadas e “espoletas”.
As duas são independentes e extrovertidas, trabalham e/ou estudam, se dão bem com a família. O casamento não é prioridade em suas vidas, e mesmo que esperem apaixonar-se mais para frente, acreditam que a vida é muito mais do que encontrar o príncipe encantado
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Nara Luiza do Amaral Dias

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