domingo, 15 de junho de 2008

E a Mulan?


Bom... Eu passei o dia com uma garota chamada Liane, que acabou de fazer 19 anos e diz gostar muito da Mulan.

Inicialmente nós fomos ao cinema, assistir um filme. Ela disse que assistia de tudo, menos de terror, pois não gostava de sentir medo (porque, para ela, o medo a inibia). Assim que vimos o filme, ela pediu para sairmos do shopping e irmos comer em algum lugar diferente, pois ela não gostava de ficar “presa” em apenas um lugar, que adora sair e quando sai, gosta de ir a vários lugares diferentes.

Ela é descendente de japoneses, e talvez por esse motivo, nós fomos a um restaurante japonês (ficou meio carinho, mas estava delicioso, huahauahuahau). Enquanto comíamos, conversamos sobre várias coisas. Descobri que ela passou por várias dificuldades recentemente, mas que não se recorda delas como um momento de fraqueza, mas sim, como momentos em que ela realmente percebeu o quanto ela precisa ser forte na vida, não só por ela, mas por sua família e amigos também.

Ela me contou que em sua família há algumas pessoas que são um pouco “tradicionais” e que muitas vezes a repreenderam dizendo que “isso uma mulher não deveria fazer” ou “isso é o que toda mulher deve saber fazer”, e comentou “eu não cozinho porque a tradição diz que toda mulher deve saber cozinhar para satisfazer o marido e os filhos. Eu cozinho porque gosto e pronto!”. Assim que comemos, fomos andar por uma avenida movimentada de Jundiaí e depois paramos em uma sorveteria para conversar melhor.

Enquanto tomávamos sorvete, perguntei por que ela gostava da Mulan, e ela me disse o seguinte “eu sei que a Mulan é chinesa e eu japonesa, mas mesmo assim, ela é a única representante oriental que a Disney fez. Sem contar que ela passa por tantas dificuldades durante o desenho, e ela as enfrenta sem hesitar. E eu gosto do jeito espontâneo e extrovertido dela. Ás vezes gostaria de ser um pouco mais forte, como ela foi no desenho... Aaaah! E ela dá um pau nos homens!” (sinceramente, adorei esse ultimo comentário dela, hauahauhaua).

Depois que tomamos o sorvete, ela pegou o carro e fomos dar uma volta de carro por Jundiaí. Enquanto dirigia, sempre que parávamos em algum semáforo e ela via algum garoto “bonitinho”, ela se olhava no retrovisor para se certificar que estava “apresentável” e ainda comentava “nossa! Olha que lindinho aquele menino!” e depois fazia alguma gracinha ou algum comentário para darmos risada. Ela, no final se mostrou uma menina bem vaidosa, mas ao mesmo tempo bem descontraída. No final, fomos até a casa dela e eu vi que seu quarto é cheio de "lembranças" de amigos, bichinhos "fofos" e fotos de familiares.

O dia foi bem divertido e percebi que ela é uma pessoa muito ligada a família e aos amigos. Gosta de estar sempre na companhia de alguém e parece se esforçar em ser alguém forte na vida para enfrentar as dificuldades que ela sabe que apareceram em sua vida. E, apesar dos pesares, prefere sempre mostrar um sorriso no rosto.
Fabiane Zambelli de Pontes

Nenhum comentário: