domingo, 15 de junho de 2008

Um pouco de Jasmim


Agora, que tal um pouco de Jasmim para variar?
Estudei o comportamento de 2 "Jasmins" no shopping. Elas haviam saído juntas para comprar um presente de aniversário para uma amiga.
E eu confesso, o mais engraçado é que eu as encontrei por acaso. Esbarrei com elas em diferentes momentos, conversei um pouco e, somente por curiosidade, perguntei se elas haviam assistido algum filme das Princesas Disney e se sim, de qual gostavam mais. Pois bem... As 2 responderam a Jasmim!
Os nomes das "integrantes da dupla" eram; Luiza de 19 anos e Nathália de 18.
A terceira vez que eu as encontrei, foi nas lojas Americanas, na fila para o caixa.

Assim que me responderam, perguntei se elas se importariam se eu as acompanhasse pelo shopping, já que eu estava sozinha. Ambas responderam positivamente, sem hesitar.
Um detalhe interessante deste primeiro encontro foi que as duas discutiam o espaço apertado que as Lojas Americanas do Maxi Shopping de Jundiaí deixavam para a fila. Que elas se sentiam sufocadas e presas ali, que deveria ter um espaço mais aberto, para deixar os compradores mais “livres” e a vontade.
O passeio foi divertido. Elas tinham um bom humor contagiante e adoravam falar sobre viagens que gostariam de fazer pelo mundo. Elas me disseram que ambas, além de estudarem (Luiza faz Engenharia Ambiental na USP e Nathália faz Ciências Sociais na UFSCAR), trabalhavam desde os 15 e 16 anos e que, apesar do cansaço e do pouco tempo que tinham para si mesmas, adoravam a independência financeira que tinham (odiavam depender do dinheiro dos pais).

Percebi que, durante o passeio, elas evitavam entrar em lojas que sabiam que eram caras e pechinchavam o máximo possível na hora de pagar algo. E algo curioso que eu percebi, é que os pais de ambas eram empresários.
Quando perguntei sobre o dinheiro dos pais delas, se as pessoas não as julgavam pelo dinheiro que a família tinha, a Luiza respondeu: “Sempre julgam... Mas ai nós dizemos o seguinte para essas pessoas: Nós duas nos temos orgulho de nossos pais e do trabalho deles. E não do dinheiro que eles conseguiram...”.
Na hora de comprar o presente, elas entraram na loja Indiana que tem no shopping. E quando eu perguntei se elas queriam ajuda para procurar algo para a amiga (se elas já tivessem idéia do que queriam comprar, poderiam me dizer que eu ajudava a procurar). Elas agradeceram, mas disseram que nem elas mesmas sabiam o que iam dar. Que haviam entrado naquela loja porque sabiam que ali havia coisas lindas e diferentes para dar à amiga. E disseram que sempre que vão dar um presente para alguém, elas preferem dar algo totalmente diferente e de “caráter único”, para que sempre se lembrem que aquele presente foi delas, e que presentes, são as únicas compras que elas fazem sem se importarem com o preço, “pois é o valor não financeiro que conta, mesmo que isso doa em nossos bolsos”, brincou a Nathalia.

E somente para não perder o "ar investigativo como integrante deste blog", eu perguntei porque elas gostavam da Jasmim. A Nathalia respondeu que ela era uma princesa diferente, não era "branquinha" como as outras e apesar de ter dinheiro não era fresca. Sem contar que ela andava em um tapete voador com o Aladin (comentário da Luiza sobre esse detalhe: "Ah, perfeito né? Além de poder voar livre por ai, ela voava ao lado de um gato que nem o Aladin! Pena que isso só exista em Contos de Fada, né?"). A Luiza respondeu algo parecido também. Ela disse que gostava da Jasmim porque ela conseguia ficar livre e provar que ela era muito mais do que a "princesa, filha do sultão". Ela mostra que ela també é um ser humano que deseja um amor verdadeiro, a felicidade, a liberdade e a independência.
O dia terminou com a gente tomando um café, de frente para uma grande parede de vidro, observando o céu e com ambas dizendo que se pudessem pedir algo, pediriam asas ou a mesma liberdade que um pássaro tem. (nossa... eu fiquei extremamente surpresa em como essas duas se pareciam, tinham praticamente os mesmos ideais e anseios...).


Fabiane Zambelli de Pontes

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